1. Tratamento para Hiperplasia Prostática
O tratamento da hiperplasia prostática benigna (HPB) é uma preocupação significativa para muitos homens, e o estudo GOLIATH revelou descobertas promissoras sobre uma opção de tratamento inovadora: o GreenLight XPS. Este procedimento mostrou-se clinicamente tão eficaz quanto a ressecção transuretral da próstata (TURP), com a vantagem adicional de uma duração significativamente menor de cateterização e estadia hospitalar.
Apesar desses benefícios evidentes, inicialmente, havia incertezas sobre a eficácia do GreenLight XPS em grupos de alto risco. No entanto, estudos prospectivos multicêntricos foram recomendados para abordar essa lacuna de evidências.
Desde então, uma revisão da base de evidências em 2019 resultou em uma atualização das orientações, destacando novas descobertas sobre o uso do GreenLight XPS em grupos de alto risco. Embora essa atualização tenha confirmado a segurança do procedimento como uma alternativa ao TURP, ainda não há evidências suficientes para demonstrar diferenças significativas em eficácia ou eventos adversos.
O modelo de árvore de decisão atualizado sugere que o GreenLight XPS pode ser economicamente vantajoso em comparação com o TURP, porém com custos adicionais em relação ao HoLEP. Essa análise financeira pode ajudar médicos e pacientes a considerar a melhor opção de tratamento, levando em conta não apenas a eficácia clínica, mas também o impacto financeiro.
Em resumo, o GreenLight XPS emerge como uma opção de tratamento viável e segura para a HPB, oferecendo uma alternativa valiosa ao TURP. À medida que mais estudos são conduzidos e mais dados são coletados, podemos esperar uma compreensão ainda mais completa de como esse procedimento pode beneficiar pacientes em todos os grupos de risco.
2. Porque escolher o Greenlight?
O tratamento GreenLight XPS para hiperplasia prostática benigna (BPH) mostrou ser clinicamente tão eficaz quanto a ressecção transuretral da póstata (TURP), de acordo com o estudo GOLIATH.
– O tratamento resultou em uma duração significativamente menor de cateterização e estadia hospitalar.
– No entanto, havia evidências insuficientes sobre sua eficácia em grupos de alto risco no momento da orientação original.
– O GreenLight XPS pode ser uma alternativa segura ao ressecção transuretral para tratar a hiperplasia prostática benigna. No entanto, não há evidências suficientes para mostrar diferenças significativas em eficácia ou eventos adversos.
– A orientação original pediu estudos prospectivos multicêntricos com GreenLight XPS.
– Uma revisão da base de evidências em 2019 levou a uma atualização das orientações para considerar novas evidências sobre seu uso em grupos de alto risco.
3. Estudos sobre o procedimento
A análise dos resultados do estudo GOLIATH revelou importantes implicações clínicas e financeiras sobre o uso do GreenLight XPS no tratamento da hiperplasia prostática benigna (HPB). Com base nos parâmetros clínicos e de custo atualizados, os resultados sugerem que o GreenLight XPS continua sendo uma opção economicamente viável em comparação com a ressecção transuretral da próstata (TURP), resultando em uma economia de £70 por pessoa. No entanto, quando comparado com a enucleação a laser da próstata (HoLEP), o GreenLight XPS se torna um procedimento com custo adicional de £114 por pessoa. Essa diferença de custo se deve principalmente aos custos de capital reduzidos associados ao aumento do uso anual do HoLEP no modelo atualizado.
Um aspecto crucial para a economia gerada pelo GreenLight XPS é a proporção de procedimentos que podem ser realizados como casos ambulatoriais. A análise mostrou que o GreenLight XPS seria financeiramente desvantajoso se a proporção de procedimentos ambulatoriais para TURP ou HoLEP excedesse 43,6% e 56%, respectivamente. No entanto, os especialistas concordaram que esses cenários são improváveis no contexto do sistema de saúde.
4. Custos
Além disso, durante a atualização das orientações, foi apresentado um novo modelo de custos que incluía um cenário de população de alto risco. Embora baseado em uma revisão sistemática não publicada, esse modelo destacou a importância de considerar os grupos de alto risco ao avaliar a eficácia e os custos das opções de tratamento para a HPB. Apesar das incertezas sobre a qualidade da revisão sistemática, a inclusão desse cenário ressalta a necessidade contínua de aprimorar as abordagens de tratamento e avaliação para garantir o melhor cuidado possível aos pacientes com HPB.
5. Visão geral da eficácia clínica
Concluiu se que as novas evidências clínicas sobre o GreenLight XPS demonstram sua eficácia no alívio dos sintomas do trato urinário inferior associados à HPB. Comparado à ressecção transuretral da próstata (TURP), o GreenLight XPS está associado a estadias hospitalares significativamente mais curtas, menor tempo de cateterização pós-operatória e maior preservação da função ejaculatória após 12 meses.
Os especialistas clínicos confirmaram que, em sua experiência, o GreenLight XPS é uma opção de tratamento eficaz para pessoas com HPB. Apesar da falta de ensaios randomizados que comparem diretamente o GreenLight XPS com a enucleação a laser da próstata (HoLEP) e a ausência de novos ensaios randomizados com TURP (exceto o estudo GOLIATH), o comitê ficou satisfeito com as evidências disponíveis, incluindo dados do mundo real e opinião de especialistas, que demonstram os benefícios clínicos associados ao GreenLight XPS na prática.
6. Evidências em populações de alto risco
Foi observado que a maioria das evidências incluiu pessoas consideradas de alto risco, mas há poucos dados comparativos exclusivamente nessas populações. O grupo de avaliação externa (EAG) destacou os possíveis desafios éticos em obter evidências comparativas randomizadas nesses grupos de alto risco. O comitê concordou que uma grande quantidade de evidências foi publicada após as orientações originais, mas as evidências comparativas em populações de alto risco ainda são limitadas.
Clinicistas não consideram pessoas com retenção urinária como tendo um risco maior de complicações
Os especialistas clínicos descreveram como o perfil de risco das pessoas com HPB mudou na prática desde as orientações anteriores. Eles explicaram que a retenção urinária é comum em pessoas em tratamento para HPB (até 50% da população). O comitê ficou satisfeito que o GreenLight XPS tenha sido usado para tratar a HPB em pessoas com retenção urinária, que não são consideradas como um grupo de alto risco na prática atual.
GreenLight XPS é considerado uma opção de tratamento segura e eficaz para pessoas com maior risco de sangramento e próstatas grandes
Os especialistas clínicos consideraram o GreenLight XPS uma opção de tratamento segura para pessoas com maior risco de sangramento ou que estavam tomando anticoagulantes. Eles estimaram que 20% das pessoas submetidas ao GreenLight XPS estavam nesse grupo de alto risco. Os especialistas clínicos afirmaram que os anticoagulantes geralmente podem ser administrados durante a cirurgia de GreenLight XPS, ao contrário da TURP. Isso significa que pessoas em risco de sangramento podem ser encaminhadas entre hospitais para tratamento com GreenLight XPS. Os especialistas clínicos também observaram que o tratamento para pessoas com próstatas grandes pode ser mais variado devido à disponibilidade de tecnologia a laser e à experiência dos clínicos. Todos eles consideraram o uso do GreenLight XPS seguro para tratar HPB em próstatas de até 100 ml de volume. Eles concordaram que até 150 ml era apropriado para o GreenLight XPS se o clínico tivesse experiência. Pessoas com próstatas maiores que 150 ml são mais propensas a serem consideradas para o tratamento com HoLEP. O comitê entendeu que o tamanho da próstata era um fator-chave na duração do procedimento, então a seleção de pacientes e a experiência do clínico eram considerações importantes nesse grupo de alto risco. O comitê ficou satisfeito que as evidências mostraram a eficácia clínica do GreenLight XPS na HPB em próstatas maiores e pessoas com alto risco de sangramento, mas concluiu que mais evidências comparativas sobre o uso do GreenLight XPS nesses grupos são necessárias.
7. Efeitos colaterais e eventos adversos
- Risco de sangramento é baixo com GreenLight XPS: Evidências de 12 estudos relataram que entre 0% e 2.2% das pessoas precisavam de transfusões de sangue intraoperatórias e 0.6% e 0.8% dentro de 30 dias. Dezessete estudos registraram de 0.1% a 5.6% das pessoas com perfuração capsular. Seis estudos não relataram eventos adversos. Os especialistas clínicos explicaram que o GreenLight XPS raramente estava associado a sangramento pós-operatório. Eles afirmaram que a irrigação contínua da bexiga (para evitar a formação de coágulos) geralmente não era necessária após a cirurgia de GreenLight XPS, o que reduz as exigências de enfermagem e melhora a experiência do paciente. Cateteres de três vias podem ajudar a identificar quaisquer problemas com sangramentos secundários, mas os especialistas clínicos relataram que o risco de sangramento é baixo. O comitê ficou satisfeito que o risco de sangramento seja baixo com o GreenLight XPS.
- Quebra de fibras é rara e não afeta a pessoa submetida ao tratamento: A empresa afirmou que a quebra de fibras era rara e que havia modificado o dispositivo para promover o resfriamento das fibras, para minimizar a quebra. O EAG confirmou que não havia preocupações com a segurança do dispositivo e nenhum evento adverso relacionado a danos ao paciente. Os especialistas clínicos concordaram que a quebra de fibras era rara (cerca de 1 em 200 casos) e não estava associada a danos ao paciente. Eles explicaram que a quebra de fibras é mais provável quando um clínico começa a usar o dispositivo, porque eles podem posicionar a fibra muito perto do tecido. O comitê ficou satisfeito que não havia preocupações de segurança do paciente ou do clínico sobre a quebra de fibras.
8. Relevância do Greenlight
- GreenLight XPS está disponível para tratar HPB : A empresa confirmou que o GreenLight XPS é utilizado em 26 centros especializados no Reino Unido. Os especialistas clínicos explicaram que o GreenLight XPS é rotineiramente usado em pessoas que precisam de tratamento cirúrgico para HPB, incluindo aquelas nos grupos de alto risco (pessoas com próstatas grandes ou com um maior risco de sangramento). O GreenLight XPS é uma das tecnologias cobertas pelo mandato de financiamento de tecnologia médica de 2022 a 2023.
- Considerações: O GreenLight XPS pode ser realizado como um procedimento ambulatorial, mas algumas pessoas precisam ficar internadas durante a noite. A evidência relatou que 68% dos procedimentos de GreenLight XPS foram realizados como procedimentos ambulatoriais (Trail et al., 2021). Os especialistas clínicos disseram que, em sua experiência, a maioria das pessoas submetidas ao GreenLight XPS é vista como um caso ambulatorial e não precisa de internação hospitalar. Um deles disse que, comparado com TURP ou HoLEP, o GreenLight XPS é mais propenso a ser um procedimento ambulatorial. No entanto, eles acrescentaram que isso dependia de circunstâncias individuais, como o tamanho da próstata, razões sociais e o uso de anestésicos, o que pode significar que algumas pessoas precisam ficar internadas durante a noite. A configuração do serviço é importante ao otimizar as proporções de casos ambulatoriais e o tempo de internação.
9. Conclusão
Em resumo, os dados e discussões apresentados destacam as vantagens do tratamento da hiperplasia prostática benigna (HPB) com o GreenLight XPS. Este procedimento demonstrou ser eficaz na redução dos sintomas do trato urinário inferior associados à HPB, com benefícios adicionais, como menores tempos de internação hospitalar e cateterização pós-operatória, além de uma preservação mais alta da função ejaculatória. A taxa de complicações, como sangramento e quebra de fibras, é baixa, tornando o GreenLight XPS uma opção segura para muitos pacientes. Além disso, sua disponibilidade em diversos centros especializados do NHS oferece acesso a esse tratamento avançado. No entanto, é essencial ressaltar a importância de buscar orientação de um médico urologista qualificado para entender plenamente as opções de tratamento disponíveis e determinar a abordagem mais adequada para cada caso individual. Em caso de dúvidas, sempre consulte um profissional de saúde especializado em urologia para obter a orientação e o tratamento adequados.
Um abraço
Bibliografia