Nutracêuticos para Próstata: Tratamentos Eficazes

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Introdução

Durante os últimos anos, as inovações farmacêuticas nos cuidados primários têm se tornado cada vez menos frequentes e a tendência é que sejam ainda mais raras no futuro próximo. Nesse contexto, a pesquisa pré-clínica e clínica redirecionou seu interesse para a eficácia e segurança dos compostos naturais, apoiando o desenvolvimento de uma nova ciência “nutracêutica”. Plantas medicinais, na forma de partes das plantas ou extratos delas, são comumente usadas no tratamento de doenças prostáticas como hipertrofia benigna, prostatite e síndrome da dor pélvica crônica.

1. Propriedades Farmacológicas

As propriedades farmacológicas buscadas para o tratamento de doenças prostáticas incluem:

  • Anti-androgênica
  • Anti-estrogênica
  • Antiproliferativa
  • Antioxidante
  • Anti-inflamatória

2. Plantas Medicinais Mais Estudadas

As plantas medicinais mais estudadas e utilizadas são:

  • Serenoa repens: Conhecida por suas propriedades anti-androgênicas e anti-inflamatórias.
  • Pygeum africanum: Utilizada por suas propriedades antiproliferativas e anti-inflamatórias.
  • Urtica dioica: Reconhecida por suas propriedades anti-androgênicas.

Outras plantas promissoras incluem Cucurbita pepo, Epilobium spp, Lycopersum esculentum, Secale cereale, Roystonea regia e Vaccinium macrocarpon.

3. Dieta e Doenças Prostáticas

Estudos epidemiológicos demonstraram que a dieta pode desempenhar um papel importante na incidência e desenvolvimento de doenças prostáticas. A dieta mediterrânea é rica em elementos com propriedades antioxidantes que atuam como fator protetor contra o câncer de próstata. De forma semelhante, a baixa ingestão de proteína animal, alta ingestão de frutas e vegetais, licopeno e zinco são fatores protetores contra a hiperplasia prostática benigna (HPB).

4. Serenoa repens no Tratamento da HPB

O uso da Serenoa repens no tratamento dos sintomas da HPB foi testado tanto isoladamente quanto, mais frequentemente, em combinação com outras plantas medicinais, bloqueadores alfa e inibidores da 5-alfa redutase (5-ARI). Meta-análises recentes encontraram a eficácia da Serenoa repens similar ou inferior à da finasterida e tansulosina, mas claramente superior ao placebo no tratamento de sintomas leves e moderados do trato urinário inferior (LUTS), noctúria e desconforto. Ensaios clínicos mostraram potencial efeito sinérgico da Serenoa repens com outras plantas medicinais e medicamentos.

No vídeo abaixo falo sobre os benefícios dessa planta

5. Outras Plantas Medicinais com Evidências Clínicas

Além da Serenoa repens, há muitas outras plantas medicinais para as quais as evidências clínicas ainda são controversas. Urtica dioica, Pygeum africanum e Curcubita pepo podem ser consideradas como adjuvantes às terapias comuns, com estudos mostrando melhora dos sintomas e índices flowmétricos.

6. Produtos Naturais Antioxidantes e Anti-inflamatórios

Licopeno e selênio são produtos naturais com ação antioxidante e anti-inflamatória. A combinação de licopeno e selênio com Serenoa repens foi capaz de reduzir a inflamação em seções histológicas da próstata e melhorar ainda mais os escores de sintomas e o fluxo urinário em pacientes com HPB em tratamento com tamsulosina. Efeitos semelhantes podem ser obtidos com o uso de outros carotenoides, como a astaxantina, e/ou zinco.

7. Eficácia de Polifenóis

A eficácia nos sintomas de pacientes com HPB de alguns polifenóis, como quercitina, equol e curcumina, foi demonstrada por estudos clínicos. O extrato de pólen é uma mistura de componentes naturais capazes de inibir várias citocinas e a síntese de prostaglandinas e leucotrienos, resultando em um potente efeito anti-inflamatório. Extratos de pólen melhoram significativamente os sintomas, a dor e a qualidade de vida em pacientes afetados pela síndrome da dor pélvica crônica e prostatite crônica.

8. Outros Compostos e Seus Efeitos

  • Beta-sitosterol: Um esterol capaz de melhorar os sintomas urinários e as medidas de fluxo, mas não de reduzir o tamanho da glândula prostática.
  • Palmitoiletanolamida (PEA): Um amido de ácido graxo endógeno com efeitos anti-inflamatórios e neuroprotetores que pode ter um papel interessante na gestão da síndrome da dor pélvica crônica e dor urológica crônica.

9. Potencial Farmacológico Contra o Câncer de Próstata dos Nutracêuticos

Vários produtos à base de plantas foram submetidos a investigações pré-clínicas, in vitro e in vivo, para sua potencial atividade farmacológica contra o câncer de próstata. Alguns estudos epidemiológicos ou ensaios clínicos avaliaram os efeitos de bebidas, extratos ou preparações alimentares sobre o risco de câncer de próstata. Algumas espécies de plantas merecem investigação mais intensa, como Camelia sinensis (chá verde ou preto), Solanum lycopersicum (tomate comum), Punica granatum (romã), Glycine max (soja comum) e Linum usitatissimum (linho).

10. Conclusão

A ciência nutracêutica apresenta um campo promissor para o tratamento e prevenção de doenças prostáticas, com várias plantas medicinais mostrando eficácia em estudos clínicos e epidemiológicos. A combinação de plantas medicinais com terapias convencionais pode oferecer benefícios adicionais, proporcionando opções de tratamento mais naturais e potencialmente com menos efeitos colaterais. A dieta também desempenha um papel crucial na saúde da próstata, destacando a importância de hábitos alimentares saudáveis na prevenção e tratamento dessas condições.

Mais informações sobre o assunto no artigo Original

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